terça-feira, 27 de dezembro de 2011

ÉPOCA de PREPARAÇÃO

Está a começar para mim uma nova época, visto que as minhas condições não dão para poder começar a criação antes de finais de Fevereiro/ meados de Março, devido à localização do meu viveiro, óptimo na Primavera e Verão e mau nos tempos frios como no Outono e Inverno.
Este ano consegui mandar fazer uma análise ás fezes dos meus reprodutores e ás novas aquisições. Este acto tornou-se mais facilitado por haver uma Clínica Veterinária em Braga que está especializada em aves e em exóticos.
Acho de extrema importância uma análise ás nossas aves, antes de dar medicamentos "preventivos". Se as aves não acusarem qualquer "problema", porquê dar medicamentos que só vão prejudicar a saúde das aves, nomeadamente a nível de flora intestinal e ás nossas finanças.
Aproveito para lamentar a falta de comercialização da vacina contra a varíola por uma empresa de distribuição credível, visto que estas tem que estar em sistema de frio. Se houver, as minhas desculpas à, às mesmas e gostaria de saber qual, quais. Podia esta, podiam estas, aproveitar o sistema de distribuição às Clínicas Veterinárias que existem para comercializar a mesma, visto que estas tem um controle sobre as mesmas como para os cães , por exemplo. Basta estas estarem fora do circuito de frio durante um certo período de tempo, para se tornarem nulas.

Fiquei deveras surpreendido com os resultados e em especial no que respeita ás MEGABACTÉRIAS, pois deu negativo assim como;

Exame Directo:
A amostra é negativa para o despiste de oocistos (Coccídeas), ténias, nemátodes e tremátodes
Exame de Flutuação:
A amostra é negativa para o despiste de oocistos (Coccídeas) e ovos de nemátodes.
Coloração de Gram:
A amostra é negativa para o despiste de Megabactérias.
(Exames efectuados na Clínica Exótico em Braga)

Atrevo-me a suspeitar que os responsáveis pela "eliminação" das Megabactérias é o produto
HEXA-PLUS na dose de 2cc por litro de água. e um outro que adiciono á papa que é o ORNICUMA Q na razão de 4 gr por quilo de papa, produto este natural da marca GeaVet que adquiri em Itália no ano passado e perante um estudo apresentado por esta empresa. Pensei que um produto na água que ajudaria a manter a água com uma certa acidez para o não desenvolvimento das Megabactérias e Fungos e cria um ambiente desfavorável ao crescimento e desenvolvimento de Bactérias (nomeadamente Salmonela e Coliformes).O ORNICUMA Q na papa seria um produto que também está direccionado em estimular o desenvolvimento intestinal e combate aos fungos e por inerência as Megabactérias. (Ver no site http://www.geavet.com/ESP/pdf/Ficha%20Orni%20Q.pdf )

Irei fazer uma desparitização para descargo de "consciência" com o Vetverm plus, pois prefiro usar os medicamentos/vitaminas dos mesmos Laboratórios se houver essa possibilidade.

Esta época vou efectuar umas "alterações" radicais a desenvolver no próximo artigo.





quinta-feira, 18 de agosto de 2011

ANILHAS/ ANILHAR

Como se aproxima a época de encomendar as anilhas para a próxima temporada, acho que este artigo tem interesse para os novos criadores e não só.
Imensas vezes ouço Colegas a constatar um problema que é o de os progenitores ao tentar retirar as anilhas às crias, deitam as mesmas abaixo do ninho, causando a morte na grande maioria das vezes, por não estarmos presentes para as repor no ninho.
Este procedimento é por as fêmeas terem o "prazer e dever" de ter o ninho limpo, nomeadamente nos primeiros dias, até as fezes ficarem nas bordas do ninho ou caírem dos mesmos, para que as crias não se sujem nem tenham contacto com as mesmas de maneira a não desenvolverem doenças. As fezes tem uma película que as cobre de maneira que as fêmea possam retirar as mesmas nos primeiros dias de vida.
Raramente me acontece, mas existem alguns "truques" para colmatar este problema;
Colocar adesivo de cor da pele nas anilhas, para disfarçar as cores das mesmas.
Colocar grit no fundo do ninho, para confundir as fêmeas.
E para mim, o mais eficaz que é anilhar com anilhas de 3.00 mm. Estas anilhas como tem um diâmetro superior permite anilhar mais tarde e sempre no limite, o que devido ao tamanho das crias e ao peso das mesmas já em princípio não acontece.
Quanto às Exposições, nós os Juízes temos em conta que as mesmas não possam ser retiradas, sendo esta a norma da COM/OMJ.
Ps.
Existem variedades que as anilhas de 3.00mm podem ser demasiado largas, nomeadamente entre outras as fêmeas Ágatas que por vezes são de tamanho menor e como tal devemos anilhar com as de 2.90 mm.
Este artigo tem como destinatários os Colegas criadores de canários de cor, mas pode ser extensível a outras variedades de aves tendo o cuidado de as anilhas não saírem no estado adulto.
Este ano as anilhas têm uma qualidade superior, nomeadamente a nível dos rebordos, que ao anilhar no "limite" não fere as patas como em anos anteriores, e esperamos que as mesmas continuem com a mesma qualidade.

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Desinfestação dos reprodutores






Na época de 2010 apareceu-me um “piolho” diferente do que tinha visto mas que já tinha ouvido falar. È um parasita muito pequeno, cinzento e que tem a particularidade de não se fazer notar nos reprodutores quando os inspeccionámos, nem nas gaiolas, o que o torna diferente do famoso piolho vermelho ou da pena.

Como este parasita não se alimenta de sangue, a gota do Ivomec F (que uso nas minhas aves, sem problemas) ou outro similar não surte efeito na sua eliminação.

Dei por este parasita numa ave que estava débil e que tinha acabado de morrer. Este não salta como os demais mas quando a apanhei a ave notei a aderência á minha mão e em grande numero destes. Estranhei o facto e coloquei esta ave num saco plástico fechado.

De seguida fiz uma rigorosa inspecção aos restantes reprodutores e NADA. Pensei que seria um caso isolado.

Começa a criação e aparece-me em alguns ninhos este famoso. Notei que só atacavam os canudos das penas das crias, mas mesmo assim debilitavam as mesmas levando á sua morte. Portanto, um parasita da pena diferente dos que conhecia pois ao analisar-se as remiges se identifica os danos causados, o que não acontece neste.

Conversei com Colegas Estrangeiros e questionei-os se já tinham tido este problema. Afirmaram-me que sim e indicaram-me este produto ou similar, mas que tenha o mesmo principio activo, a dose e como aplicar. Após consultas adquiri o CIPER-Pulvizoo e usei a percentagem de 0. 5% por litro de água (5cc, 5 ml por Litro) e pulverizei as aves. Temos que ter o cuidado de o mesmo não ir para os olhos nem bico e não dar quando estão de postura, choco ou com crias ainda no ninho. Pulverizamos por baixo de cada asa, dorso, peito e retrizes e as aves podem ficar molhadas sem problemas. Nos dias seguintes as aves estão frequentemente a cuidar da sua plumagem.

Fiz o teste numa outra ave morta e ainda quente, que se encontrava infestada, pois quando a ave começa a arrefecer os mesmos abandonam a ave e verifiquei que os parasitas morreram de imediato.

Este parasita esconde-se entre as raízes dos canudos das remiges e nos orifícios abaixo dos olhos, o que torna muito difícil a sua detecção.

Pode acontecer que com a aplicação do insecticida as aves esfreguem estes orifícios por ataque deste parasita a tentar-se refugiar e percam algumas penas nesta zona, crescendo as mesmas depois sem problemas.

Também se pode acrescentar á agua do banho e para isso uso uma dose diminuta de 0.60 ml por 5 litros de água.

Nas aves que entram nas minhas instalações tenho este procedimento.

Pode-se pulverizar as instalações na dose de 10% por litro de água, mas ter em atenção um intervalo de segurança se já se tiver utilizado outro produto similar mas com outro principio activo, (ex.Supoma).

Resolvi elaborar este artigo e publica-lo, pois devido ao meu artigo sobre o Supona fui contactado por Colegas de todas as regiões a questionar-me sobre este parasita.

Espero ter sido útil.


sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Desinfestação das Instalações

Antes de acasalar, tenho um "tratamento" de desinfestação das Instalações que consiste em retirar das gaiolas as Aves, comedouros e bebedouros, deixando ficar unicamente os poleiros.
De seguida pulverizo as mesmas assim como as paredes, tectos e chão com SUPONA na porpoção de 3 cc por litro de agua.
Este processo elimina o piolho, moscas, aranhas e como tem uma durabilidade minima de 3 semanas, eliminará os ovos e possiveis larvas que eclodem nos 8/10 dias posteriores quebrando assim o ciclo de vida dos mesmos.
Tenho efectuado este processo ao longo de vários anos sem problemas de toxidade.
Tenho o cuidado de colocar as aves quando os viveiros estiverem secos, sendo a secagem rápida.
Ao efectuar este processo tomo alguns cuidados , nomeadamente no arejamento das instalações(ligação da ventilação artificial, janelas abertas) durante a aplicação e secagem. No fim alerto que fica um cheiro do produto durante alguns dias no viveiro, mas sem problemas.
Durante a aplicação uso luvas, pois podem cair algumas gotas do produto nas mãos, o que não é aconselhavel.
Este processo tambem é efectuado por Colegas sem problemas.
Antes, já apliquei uma gota em estado puro de IVOMEC no pescoço das aves. Se as aves tivessem piolho, o mesmo se esconderia nas gaiolas, paredes, tectos, etc, o que com a pulverização acima descrita os eliminará.
Um outro cuidado que tenho, é "tratar" os ninhos e materiais para os mesmos. Com antecedência coloco os mesmos num saco e pulverizo-os com ACARIASMA(Pó com carbaril a 5%). Não faz mal nenhum o acariasma no ninho.
A SUPONA adquiro-a num establecimento de Apicultura.
Aproveito do que restar do preparado de SUPONA para pulverizar as instalações dos Cães.
Espero ter sido util.